domingo, 11 de março de 2012

Dossiê Kombi : Como evitar Incêndios


 Nos anos 60 e 70,a Kombi era usada em muitas ocasiões no Brasil e no mundo como carro oficial da polícia bombeiros repartições entre outros,por toda essa valentia,alem de ser um carro de concepção simples, muitos itens de segurança eram deixados de lado por seus proprietários,assim, uma correta manutenção era algo que uma Kombi raramente via na sua jornada de trabalho.Tudo isso aliado a aspectos estruturais conferiram a ela uma  falsa imagem de ‘bomba relógio’.
  Um destes aspectos era o fato do tanque de combustível estar situado logo atrás do motor,o que propagava incêndios,mas raríssimas vezes era responsável por inicia-los.Esse princípio se devia a outros fatores , em sua maioria de responsabilidade do dono,através de atitudes e omissões.Assim temos:
·        Abastecimento – A despeito das orientações da VW, muitos donos enchiam o tanque das peruas acima do automático da bomba do posto ,causando excesso que vazava por sua vez,pela extremidade do gargalo.
·        Elétrica – Outro fator problemático era o cabo da bateria (positivo) que levava energia para a dianteira do veículo.Este cabo passa por um furo com uma guarnição de borracha na lataria que pode ressecar com o uso,fazendo com que o cabo encoste no carro fechando curto,provocando aquecimento e faíscas.
·        Alimentação do Motor – O tanque como já foi dito,ficava atrás do motor e a tubulação que leva gasolina do mesmo até o motor,é parte plástica e parte de cobre,além do próprio filtro de combustível,que por ser frágil,deteriora-se com o calor ,junto com as mangueiras,causando vazamentos.

·        Fixação da Bateria – Originalmente fixada na carroceria por uma cinta ferrosa.Essa se oxidava com a ação do líquido da própria bateria e a deixava solta,podendo derramar ou encostar os pólos na carroceria,o que causava faíscas e fogo.
·        Escapamento – A falta de manutenção deste colabora para os incêndios,pois com o uso havia desgaste natural das juntas do mesmo conhecidas como ‘bengalas’,localizadas na parte de trás do motor.Este desgaste permitia a entrada de ar junto com os gases do escape,causando os famosos tiros nas reduções de marcha,o que abria uma faísca a cada estouro,tal chama que poderia sair pelos buracos no escape e entrar em contato com o motor,abrindo fogo.




·        Recomendações: Por todos esses motivos recomendamos aos donos de Kombi a observação do estado da cortiça da tampa do tanque, do copo do distribuidor, das mangueiras de alimentação e do escapamento, que estando e mau estado podem gerar incêndios.

Apesar de todos esses itens, não posso deixar de ressaltar a perfeição deste veículo. Quando é correta a observação desses itens, nos bons tempos em que a nossa gasolina era de uma pureza invejável, todo proprietário de um air cooled se orgulhava, ao fim de uma viagem, de ver que a saída de escape está esbranquiçada e o gargalo do carburador com uma fina camada de gelo,mostrando que o veículo está em alta conformidade com suas regulagens e dentro do ponto.Isso era prova de que com a devida manutenção,tudo poderia correr com perfeita segurança.

Créditos Reservados a Marco Antônio Peguin de Oliveira (Algumas informações retiradas da Revista A Biela nº 47)

Um comentário:

  1. muito obrigado ,pelo esclarecimento.Tenho uma kombi e gosto muito .vou dar mais atenção a todos estes detalhes agora.

    VALEU!!!

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